segunda-feira, 22 de novembro de 2010

DIA DO MÚSICO - 22 de novembro



Músico é aquele que pratica a arte da música, compondo obras musicais, cantando ou tocando algum instrumento. Música, por sua vez, é a arte de combinar sons de maneira agradável ao ouvido, ou o modo de executar uma peça musical por meio de instrumento ou da voz. A palavra é de origem grega e significam “as forças das musas”, ninfas que ensinavam às pessoas as verdades dos deuses, semideuses e heróis, usando a poesia, a dança, o canto lírico, o canto coral e outras manifestações artísticas, sempre acompanhadas por sons. 

     Segundo a mitologia grega, os Titãs, que em literatura simbolizam a audácia orgulhosa e brutal, mas punida pela queda repentina, eram divindades primitivas que se empenharam em luta contra Zeus buscando a soberania do mundo, mas foram fulminados por ele e precipitados no Tártaro. Satisfeitos, os outros deuses pediram ao deus maior que criasse quem fosse capaz de cantar as suas vitórias, e este então se deitou durante nove noites consecutivas com Mnemosina, a deusa da memória, nascendo daí as nove Musas. Delas, a da música era Euterpe, que fazia parte do cortejo de Apolo, o deus da música. 

     No princípio, a música foi apenas ritmo marcado por primitivos instrumentos de percussão, pois como os povos da antiguidade ignoravam os princípios da harmonia, só aos poucos foram acrescentando a ela fragmentos melódicos. Na pré-história o homem descobriu os sons do ambiente que o cercava e aprendeu suas diferentes sonoridades: o rumor das ondas quebrando na praia, o ruído da tempestade se aproximando, a melodia do canto animais, e também se encantou com o seu próprio canto, percebendo assim o instrumento musical que é a voz. Mas a música pré-histórica não é considerada como arte, e sim uma expansão impulsiva e instintiva do movimento sonoro, apenas um veículo expressivo de comunicação, sempre ligada às palavras, aos ritos e à dança. Os primeiros dados documentados sobre composições musicais referem-se a dois hinos gregos dedicados ao deus Apolo, gravados trezentos anos antes de Cristo nas paredes da Casa do Tesouro de Delfos, além de alguns trechos musicais também gregos, gravados em mármore, e mais outros tantos egípcios, anotados em papiros. Nessa época, a música dos gregos baseava-se em leis da acústica e já possuía um sistema de notações e regras de estética. 

     Por outro lado, a história de Santa Cecília, narrada no Breviarium Romanum, a apresenta como uma jovem de família nobre que viveu em Roma no século III, nos princípios do cristianismo, decidida a viver como monja desde a infância. Mas apesar dos pais a terem dado em casamento a um homem chamado Valeriano, a jovem convenceu o noivo a respeitar-lhe os votos e acabou convertendo-o à sua fé, passando os dois a participar diariamente da missa celebrada nas catacumbas da via Ápia. Em seguida, Valeriano fez o mesmo com o irmão Tibúrcio, e com Máximo, seu amigo íntimo, e por isso os três foram martirizados pouco tempo depois, enquanto Cecília, prevendo o que lhe aconteceria, distribuiu aos pobres tudo o que possuía. Presa e condenada a morrer queimada, ela foi exposta às chamas durante um dia e uma noite, mas como depois disso ainda se encontrava sem ferimentos, um carrasco recebeu ordem para decapitá-la. Porém, seu primeiro golpe também falhou. Isso aconteceu durante o ano 230, no reinado de Alexandre Severo, época em que Urbano I ocupava o papado. Anos depois uma igreja foi erigida pelo papa no local em que a jovem mártir residira, tornando-se a Igreja de Santa Cecília uma das mais notáveis de Roma. 

     Muito embora o Breviarium Romanum não faça menção alguma às prendas musicais de Cecília, ela se tornou, por tradição, a padroeira dos músicos, da música e do canto, cuja data de comemoração é 22 de novembro, o mesmo dia dedicado à santa. A tradição conta que Santa Cecília cantava com tal doçura, que um anjo desceu do céu para ouvi-la. 


   Parabéns a todos os músicos pelo seu dia. SOFEM 

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Grupo de Percussão do NEOJIBA conta como foi o Festival na Venezuela

 




O Grupo de Percussão do NEOJIBA foi um dos convidados especiais do V Festival Internacional de Percussão de Los Llanos, realizado na Venezuela de 21 a 30 de outubro. Oito percussionistas do programa embarcaram para a cidade de Guanare, no dia 21, onde se apresentaram com jovens músicos do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela (El Sistema), assim como com artistas de destaque na música percussiva. O convite para o intercâmbio musical partiu do idealizador do Festival, Acuarius Zambrano, percussionista da principal orquestra do El Sistema – programa venezuelano de formação orquestral criado há 35 anos e que inspirou o NEOJIBA e programas semelhantes em cerca de 30 países. Recém-chegado da Venezuela, o jovem maestro e percussionista Yuri Azevedo, de 19 anos, relata aqui a ótima experiência que ele e seus sete colegas passaram por lá:

"O Festival foi fantástico! Foi muito bom mesmo, em todos os sentidos. Não esperávamos ser recepcionados com tanto carinho e alegria como fomos. Éramos tratados como "estrelas da percussão", o que foi bem legal! Nossa rotina era bem pesada, bem no estilo venezuelano mesmo: tínhamos que acordar às 6h da manhã e só voltávamos para o hotel depois do concerto da noite (todas as noites alguns grupos se apresentavam). Ou seja, a depender do repertório desses grupos, a gente chegava a voltar para o hotel até meia noite! Ao chegar no núcleo de Guanare pela primeira vez nos encontramos com o Acuarius e ele nos direcionou aos grupos, para que a gente pudesse iniciar nossas atividades. Cada grupo era coordenado por músicos da Orquestra Simón Bolívar. Num desses grupos, coordenado por Victor Villarroel, havia crianças que nós ajudávamos constantemente, a pedido do proprio Victor, e estávamos sempre nos ensaios ou dando aulas individuas para os menininhos. Na verdade, nunca sabíamos bem o que iria acontecer no dia seguinte, mas eram boas surpresas quando chegávamos no núcleo. Por exemplo: Master Class de tímpano com o timpanista da Orquestra Sinfônica da Venezuela num dia, no outro com um dos timpanistas da Simón Bolívar, o Ramón Granda. Entre esses master classes tinha muita atividade, ensaios, aulas, estudo indivudual etc. O núcleo não era o que pensávamos que ia ser. A gente estava imaginando algo parecido com a sede em Caracas, mas eles não têm salas para estudo individual, pois as que existem são utilizadas para ensaios e aulas em grupo. O pátio era o "point" do estudo: marimbas, caixas, tímpanos, todos espalhados pelo pátio, todos estudando pra valer! Era realmente uma atmosfera de ensinar o que sabe para o outro, e ao mesmo tempo aprender. Um dia, o irmão do Acuarius, me chamou e disse "Mira! Ustedes tienen una entrevista hoy en la radio". Ele queria que duas pessoas fossem, então eu disse que poderia ir com Éverton, mas, nesse mesmo dia, ele e Davi tinham marcado um master class de música popular brasileira no festival, inclusive pra os próprios músicos da Bolívar. Então fomos eu e Isaac, mas no final das contas o Aires acabou falando mais por nós. O dia do nosso concerto se aproximava e as expectativas cresciam, e enquanto isso, tocamos junto a outros grupos musicais deles, como convidados. Na verdade a gente esteva no palco quase todos dias do Festival, e num desses dias Isaac e Éverton tocaram peças solo a pedido de Acuarius e foi um sucesso! No dia do nosso concerto, outra entrevista, mas dessa vez Davi e Éverton foi a dupla escolhida. Enquanto isso, o restante do grupo arrumava o palco para o nosso ensaio e para o concerto à noite. Acuarius fez questão de que a gente tocasse por último, como atração principal da noite. E o concerto foi excelente, o pessoal gostou muito, foi um sucessão! Eu regi duas peças do nosso repertório, e entre uma obra e outra gritaram "YURIDUDAMEL!"... e daí nasceu meu apelido para o restante do festival: "Yurimel". No outro dia, um duo francês de percussão fez sua apresentação e foi incrível, e na manhã seguinte tivemos master class com eles. À noite, o concerto final. Após a apresentação, os percussionistas da Orquestra Simón Bolívar vieram até nós e se colocaram à disposição para vir ao Brasil conhecer o NEOJIBA e dar aulas. E na sequência, fizeram a proposta: eles querem realizar um concerto conosco em Caracas e outro em Salvador, os dois naipes juntos! Quanta honra! Definitivamente foi uma expedição que valeu a pena!"
                                            

                                     Fonte: http://neojiba.blogspot.com
      

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Aulas de música resgatam sonhos



A estudante Beatriz Conceição Santana, 12 anos, moradora da rua Modesto Gusmão, sempre teve o sonho de tocar saxofone e a Sociedade Filarmônica Estevam Moura(SOFEM) trouxe a oportunidade de realizar esse seu sonho. "Toda vez que assistia a um DVD ficava com meus olhos vidrados no sax. Acho lindo. Hoje, tendo a oportunidade de tocar esse instrumento, já me sinto realizada", frisou a aluna que já está na terceira das doze etapas que compõem o curso e já toca várias canções.
Aline Silva da Conceição, 18 anos, moradora da zona rural, garante que depois que se matriculou nas aulas, melhorou até no rendimento escolar. "Depois da música passei a me concentrar mais nos estudos", afirmou a estudante do ensino médio, que pretende ser uma profissional da música.
Aline, assim como Beatriz, disse que a beleza do som que sai dos instrumentos é simplesmente emocionante.
A regência da SOFEM fica a cargo do maestro Anderson Fernandes, que há mais de vinte anos dedica-se à musicalidade. Anderson assumiu a filarmônica em 2004 e de lá pra cá, já presenciou muitos sonhos realizados. "Nesses anos, vi muitas pessoas melhorando suas vidas por conta da música". Ex alunos estão tocando na banda musical do Exército Brasileiro, outros ingressando. Outros estão em bandas como é o caso do grupo musical Garotos da Pisadinha, que tocam maravilhosamente bem e estão fazendo sucesso pela Bahia afora. "Olhar para trás e ver a evolução de nossos alunos dá a sensação de dever cumprido e aumenta ainda mais a responsabilidade para com os que estão chegando".







quarta-feira, 27 de outubro de 2010

BIOGRAFIA - ESTEVAM MOURA


Nascimento  - 13 de Agosto de 1907 (103 anos)
Santo Estevão, BA

Morte - 08 de Maio de 1951 (59 anos)
Feira de Santana, BA
Nacionalidade - brasileiro
Ocupação - músico

Era o quarto dos cinco filhos de Minervina Carvalho Moura, conhecida por "D. Vida", e João Pedreira Moura, que exerciam, respectivamente, o ofício de costureira e pequeno comerciante.
Aos três anos de idade perdeu o pai, vítima de varíola. Este fato deixou a família em sérias dificuldades financeiras. Apesar de tudo, "D. Vida", mulher forte e guerreira, soube criar os seus filhos com dignidade encaminhando-os para a vida.
Desde criança, Estevam já manifestava sua vocação musical, emitindo sons em flauta feitas de galhos de mamoeiro, acompanhando os "barbeiros" que tocavam nas festas da cidade de Santo Estevão. Aos sete anos foi matriculado na Escola Pública local e, logo cedo, demonstrou seu interesse pelos livros e pela música. Sua professora, D. Francisca, notando seu grande potencial musical, incentivou-o ingressar na Filarmônica 26 de Dezembro, de Santo Estevão, que estava em formação. Assim, aos doze anos, o grande Estevam Moura iniciou as suas primeiras aulas de música com o prof. Manoel Luís de França, regente da referida Filarmônica.
Um fato curioso é que Estevam Moura possuía um instrumento indígena chamado ocarina, de onde tirava belíssimos sons, porém ninguém nunca soube como conseguira. Tudo indica que ele mesmo fabricara. "D. Vida", que morreu bem velhinha, guardava esse instrumento dentro de um velho baú e só exibia às pessoas muito especiais.
Demonstrando um grande progresso com as notas musicais e dominando instrumentos de palheta, certa vez houve uma discordância entre Estevam e o professor França a respeito da colocação de uma nota musical deste professor em um dobrado composto. Estevam insistia que a nota estava errada, porém o mestre França batia firme. Discutiram de lá e discutiram de cá, chegando o fato ao conhecimento do público o que gerou polêmica, formando em conseqüência uma torcida dividindo a cidade e até a Filarmônica Lira Cachoeirana, da cidade de Cachoeira (BA), foi consultada para tirar a dúvida, comprovando finalmente que Estevam estava com a razão. Diante do ocorrido, o mestre França, envergonhado, abandonou a cidade de Santo Estevão.
Após esse fato, a regência da Filarmônica 26 de Dezembro ficou com o professor Sobral. Porém, diante dos conhecimentos demonstrados por Estevam, o próprio professor Sobral decidiu passar-lhe a batuta e ele pôde compor o seu primeiro dobrado, dedicando-o ao Sr. Alício Cerqueira.
Em 1925, em virtude da decadência econômica da Filarmônica de Santo Estevão, o jovem Estevam Moura, então com 18 anos de idade, mudou-se para a localidade de Bonfim de Feira, município de Feira de Santana (BA), a convite do senhor Godofredo Leite, para reger a Filarmônica Minerva. Ali passou sete anos da sua vida. Foi uma fase entremeada de bons e maus momentos, não obstante fértil de criatividade. Compôs belos dobrados, entre eles "Verde e Branco". O que marcou seus momentos difíceis foi a dificuldade financeira, pelo fato de ter que vender muitas das suas composições, principalmente para uma filarmônica da cidade de Ipirá (BA), a fim de garantir seu próprio sustento.
Em Bonfim de Feira conheceu a jovem Regina Bastos de Carvalho, com quem manteve um tumultuado romance. A tradicional família era radicalmente contra o namoro e, para concretizar o grande sonho, Estevam e Regina tiveram que fugir para Santo Estevão onde realizaram o casamento. Era o ano de 1931. No ano seguinte, durante a terrível "Seca de 1932", nasceu Olga Carvalho Moura, sua primogênita. Diante da situação que a seca impunha, o casal e a recém-nascida foram residir na cidade de Afonso Pena, hoje Conceição de Almeida (BA), local onde a seca ainda era amena por esta cidade estar situada no Recôncavo Baiano.
Em Afonso Pena, Estevam ocupou o cargo de regente da Filarmônica local. Um ano após, veio com a família para Feira de Santana onde, em 1934, nasceu seu segundo filho, Ernani Carvalho Moura, conhecido pelo apelido "Tusca", cujo nome foi inspirado em Ernani Braga, compositor brasileiro de música erudita.
Compôs um dos mais belos dobrados para seu filho Ernani, o "Tusca"; compôs também o dobrado "Arnold Silva", em homenagem a esse grande amigo que na época era Deputado Federal e já foi prefeito de Feira de Santana (era comum, na época, dedicar esse tipo de música a pessoas queridas e ilustres, colocando seus nomes como título); também compôs a marcha "Constelação"; o dobrado "Magnata"; o dobrado "João Almeida"; o dobrado "Vida e Morte"; o fox "Reveilion" que ficou bastante popular na cidade e que era tocado em muitas festas; o "Hino do Congresso Eucarístico", realizado na década de 1940, cuja letra foi do prof. Antônio Sanches Vieira. Compôs, ainda, muitas Ave-Marias, das quais algumas foram gravadas recentemente, e são bastante cantadas e tocadas nos novenários da Senhora Santana, em Feira de Santana.
Seu sonho de compositor era fundar uma escola de música em Feira de Santana. Chegou a concretizá-lo ao lado da professora Georgina de Mello Lima Erismann, Gerson Simões e da professora Carmem, numa casa ao fundo do Asilo Nossa Senhora de Lourdes. Porém, não foi adiante, devido à falta de verbas e incentivo do poder público. Para incentivar os jovens nascidos em Feira de Santana ao gosto pela música, criou o Coral São Miguel com quarenta vozes masculinas, entre os componentes desse coral figuravam: Valdemar da Purificação, Cirilo Carneiro, Dorival Oliveira, Manoel Carneiro e o jovem Dermeval Dórea que se tornou seu genro, casando-se com sua filha Olga.
Foi professor de música do Ginásio Santanópolis por muitos anos, e sua querida filha Olga teve o privilégio de ter sido sua aluna. Recebeu convites para trabalhar como músico no Rio de Janeiro e não aceitou, atendendo aos apelos da mãe querida que temia nunca mais vê-lo. Porém, nos anos 1940, chegou a visitar a Cidade Maravilhosa participando de uma temporada da Banda do Corpo de Bombeiros, de Salvador (BA).
O Maestro Estevam Moura era um verdadeiro "gentleman", andava impecavelmente bem vestido na sua intensa vida social, principalmente nas festas populares, como a Micareta e na Festa da Senhora Santana, quando regia a Filarmônica 25 de Março nas suas retretas. O "Hino da Festa de Santana" é de sua autoria. Residia em frente à Filarmônica Vitória e teve como vizinha a não menos conceituada Georgina de Mello Lima Erismann, compositora, musicista, com quem manteve um bom relacionamento, aprendeu piano, fez progresso em conhecimentos musicais e chegaram a comporem juntos. Estevam Moura tinha facilidade para compor músicas, tendo escrito o dobrado "Sonho Azul", durante uma viagem a Santo Estevão, para tocar numa festa de São João, e o executou naquela mesma noite. Apesar de ter estudado apenas em séries iniciais do Ensino Fundamental (o antigo Ensino Primário), era culto e possuidor de uma biblioteca bem atualizada.
Durante a Segunda Guerra Mundial, pela falta de palhetas importadas para instrumentos de sopro, o maestro passou a fabricá-las em casa, com a ajuda de toda a família. As palhetas ficaram conhecidas pela qualidade e ele passou a receber encomendas de todo Brasil. Convém, ainda, mencionar outro papel importante que ele exerceu na comunidade: o de Chefe da Guarda Municipal de Feira de Santana.
Em maio de 1951, Feira de Santana ficou triste e chorosa e a Bahia perdeu um jovem compositor, prematuramente, aos 43 anos, vítima de um câncer de estômago, embora na época havia sido diagnosticado equivocadamente como tuberculose. São seus descendentes: um casal de filhos: Olga e Ernani (falecido em 1991), além de dez netos e seis bisnetos.
Mesmo após sua morte, suas composições são bastante executadas em diversas filarmônicas no estado da Bahia e pelo Brasil afora. É bastante fácil encontrar partituras de composições atribuídas a Estevam Moura em filarmônicas de cidades como Cachoeira, Maragogipe, Santo Amaro, etc., e inclusive no Rio de Janeiro.

Alunos da Filarmônica assistem concerto da Orquestra Sinfônica da Bahia

Os alunos da Sociedade Filarmônica Estevam Moura assistiram no dia 19/10/10, o Concerto Acadêmico Orquestra Sinfônica da Bahia, na sala principal do TCA - Teatro Castro Alves, em Salvador.
Mais de quarenta alunos foram assistir ao espetáculo musical, acompanhados do maestro Anderson Fernandes e demais membros da diretoria da Sociedade Filarmônica Estevam Moura, que há 7 anos encanta a comunidade santoestevense com seus arranjos musicais.
Beatriz Silva Sarmento, 12 anos, foi uma das alunas presentes no concerto e disse que a sensação de assistir a um conserto pela primeira vez “foi ótimo e me emocionei. Jamais pensei em ter uma oportunidade como essa”, frisou. 
Joice Brito de Oliveira, 14 anos, aluna da Filarmônica, toca saxofone há seis meses e disse que “com a oportunidade de ver de perto músicos consagrados como os da OSBA [Orquestra Sinfônica da Bahia], é mais um motivo pra levar à frente o meu sonho de musicista”, salientou.

  




quarta-feira, 20 de outubro de 2010

MinC lança Fundos ProCultura. R$ 300 milhões serão investidos em todos os setores culturais


O Ministério da Cultura investirá, até o final de 2010, R$ 300 milhões nos Fundos ProCultura. Parte dos recursos será aplicada em 15 editais que deverão estar abertos a diversos segmentos culturais já a partir de segunda-feira, 25 de outubro. Os editais, que terão investimentos de R$ 87 milhões, fazem parte do Plano de Trabalho do Fundo Nacional de Cultura, lançado hoje, 20 de outubro, às 10h, no Hotel ST Paul, por meio de portaria, pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira. A portaria foi assinada durante a abertura dos trabalhos do Conselho Nacional de Política Cultural, que está reunido desde ontem em Brasília.
Além dos 15 editais lançados hoje, o MinC publicará, até o final de novembro, mais 22 editais participantes do Programa Procultura, com uma disponibilidade de mais R$ 118,9 milhões de orçamento. Parte dos R$ 300 milhões será investida, ainda, em convênios (R$ 64 milhões) e bolsas (R$ 27 milhões), beneficiando os oitos Fundos Setoriais da área cultural. Todas as ações dos Fundos ProCultura, incluindo os editais, serão disponibilizadas por meio eletrônico, através do site do Ministério da Cultura.
O Plano de Trabalho do Fundo Nacional de Cultura foi apresentado pelo secretário de Fomento e Incentivo à Cultura , Henilton Parente de Menezes, que destacou a forma como foram aprovadas as ações que terão investimentos do FNC. “O comitê de trabalho aprovou as diretrizes elaboradas pelos segmentos e aprovadas pelos Comitês técnicos dos oito setores culturais que são atendidos pelo MinC”, afirmou.
Para o secretário executivo do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy, um dos pontos positivos do Plano de Trabalho do FNC é a sua abrangência. “Ele contempla um conjunto vasto da cultura brasileira, como a música, a dança, o cinema, mas também alcança segmentos que antes eram estigmatizados na cultura brasileira, como os indígenas e os mestres da cultura popular”, destacou. De acordo com ele, os mestres serão beneficiados principalmente com as bolsas. “É uma forma de darmos reconhecimento aos artistas populares brasileiros”, enfatizou.
O Ministro Juca Ferreira lembrou que o Plano de Trabalho é uma evolução do FNC. “Em vez de uma avaliação discriminada, agora será feita uma avaliação setorizada, com pessoas especializadas naquela área, ou porque são artistas, ou da área empresarial, ou porque são acadêmicos e estudiosos daquela área. Então vai aumentar a capacidade de acerto na avaliação dos projetos. Vai aumentar a profundidade”, afirmou.
Juca Ferreira lembrou, ainda, na cerimônia que contou com a presença dos integrantes da sociedade civil de todo o país, que compõem o CNPC, que a “cultura é uma necessidade básica de todo o brasileiro e de toda uma coletividade. E se é um direito, o Estado tem obrigação de dar as condições de acesso”. O ministro também falou da importância da cultura para a economia do Brasil. “É uma economia importante e também um fator de qualificação da vida das pessoas e das relações sociais”. Para ele, “o Brasil está chegando num momento de se tornar um dos países mais importantes do mundo, e um país não se consolida se não for um desenvolvido culturalmente”.